No Dia Internacional da Mulher o MPT promove ampla programação, dando início a uma série de atividades voltadas para a mulher

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Com o tema “Mulher: realidade e perspectivas”, o MPT/PRT11 promoveu, na manhã desta quinta-feira (8/3), na sede da entidade, ampla programação para comemorar o Dia Internacional da Mulher, coordenada pela titular regional da Coordenadoria de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), Fabíola Bessa Salmito Lima.

Ao desenvolver o tema “Discriminação, quem nunca sofreu ?”, o palestrante Gerfran Carneiro Moreira, Juiz Titular da Vara do Trabalho de Tabatinga/AM (TRT11), destacou que “todos temos uma responsabilidade pela superação das discriminações, mulheres, homens, crianças e pessoas de todas as profissões, porque é evidente que nós temos uma história de discriminação e violência”. Esta responsabilidade, ressaltou, é coletiva, incutindo na mente, especialmente nas pessoas jovens e crianças, que não deve existir “coisas que são de homens e coisas que são de mulheres”. Para ele os pais precisam educar seus filhos a compartilharem as tarefas, todas elas podem ser exercidas por homem ou por mulher, cuidando, principalmente, dos nossos pensamentos, falas e ações. “Há muita reprodução da nossa má tradição e devemos superá-la. Superar as diferenças, porque, na prática, devemos ter direitos iguais”, disse o palestrante.

Para falar da “Importância do Protagonismo feminino na sociedade”, a palestrante Michelle Guimarães, fundadora da Fora da Caixa-Gestão para Excelência, revelou dados econômicos comprovando que quanto mais a mulher é empoderada e ativa na sociedade, mais ela impacta positivamente no desenvolvimento do país. Mas para acontecer esse protagonismo, tanto na vida pessoal, quanto na familiar e carreira, ela precisa “tomar as rédeas dos próprios problemas e ser agente de solução, porque ser apenas um lamentador e um espectador não vai resolver nada”, disse.

A terceira palestra foi voltada para a saúde. A nutricionista funcional esportista, Abizair Martins Leonel, desenvolveu o tema “Como blindar a sua saúde”.

O foco da sua fala foi relatar o que está roubando a saúde, esclarecendo que as doenças estão relacionadas ao estilo de vida escolhido pelas pessoas. Destacou que “antigamente se você não tinha nenhuma doença, você era saudável. Hoje não, hoje você pode aparentar ter saúde, mas pode ter um estresse crônico pelo seu dia a dia e pelo seu trabalho, roubando a sua saúde, e sabemos que há alimentos capazes de prevenir algumas doenças, podendo blindar, inclusive, o histórico genético do indivíduo. Hoje sabemos que há alimentos que têm em sua composição fitoquímicos, nutrientes que conseguem dar longevidade, renovando as células e deixar saúde no seu corpo, evitando doenças oportunistas do dia a dia”, revelou.

Mesa redonda

Após a palestras houve uma rodada de depoimentos de mulheres, representando diversos segmentos da sociedade amazonense, como as atletas paraolímpicas Najara Bentes e Vanessa da Silva Menezes, ambas halterofilistas; a venezuelana Orymar Orellana (solicitante de refúgio), que relatou emocionada a difícil jornada de abandonar seu país e viver dificuldades de todos os tipos em terra estrangeira; a cacique Yulis Torres, da etnia Warao, que há 11 meses vive no abrigo do bairro da Redenção; a empreendedora Márcia Regina Arruda, e a procuradora do MPF, Ana Carolina Haliuc Bragança, que relatou sobreo assédio que as mulheres sofrem, mesmo tendo estudo e poder.

 

Cartilha

No evento foi lançada a cartilha “Assédio Sexual no Trabalho: perguntas e respostas”, do MPT, com apoio da OIT.

Participantes

O evento contou com representantes de diversos órgão e instituições, como a Procuradoria da Mulher no Senado Federal, a Secretaria Municipal da Mulher e Assistência Social e Direitos Humanos (SEMMASDH), a União Brasileira de Mulheres/Amazonas, o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM), o Fórum Permanente de Mulheres de Manaus (FPPM), Secretaria Executiva do Conselho da Mulher, a Associação de Deficientes do Estado do Amazonas (ADEFA) e Federação de Esportes Paraolímpicos.

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