Procurador do Trabalho reuniu-se com diretores e operários da obra Arena da Amazônia
A medida preventiva deu-se em razão de o órgão ministerial ter recebido denúncia de que operários da referida construtora estariam sendo vítimas de práticas discriminatórias, entre elas o assédio moral. Sobre essa questão, inclusive, o MPT, no final do mês de janeiro, expediu recomendação para que a empresa adotasse imediatamente medidas que coibissem tais atitudes.
Durante a reunião, o procurador do Trabalho ressaltou a importância do tema à saúde, segurança e higidez dos trabalhadores, exemplificando algumas condutas que podem caracterizar o assédio moral. Prestou, ainda, esclarecimentos sobre as responsabilidades da empresa em relação a este tipo de ilícito trabalhista, assim como sobre os direitos dos trabalhadores, vítimas de discriminação e assédio moral.
"O assédio moral no trabalho constitui-se numa forma de discriminação, caracterizado principalmente pelo constrangimento, humilhação, ofensa e cobranças excessivas a que sofre o trabalhador, de forma reiterada e contínua, em seu ambiente de trabalho, sendo normalmente praticado por superiores hierárquicos. Em qualquer hipótese, a empresa sempre tem o dever legal de coibir todas as formas de discriminação no ambiente de trabalho, inclusive o assédio moral, sob pena de ser responsabilizada civilmente pelos danos causados a seus empregados", explicou Jorsinei Nascimento.
Ao final, foram distribuídos "kits" com material informativo sobre a temática, como folders e panfletos, por meio dos quais diretores e trabalhadores da empresa Andrade Gutierrez puderam obter, além de maiores esclarecimentos sobre o assédio moral, informações sobre como e onde podem denunciar todo e qualquer tipo de discriminação no trabalho.
"O MPT é um órgão do Estado, por meio do qual todos os empregados, vítimas de discriminação ou assédio moral, podem recorrer para fazer valer seus direitos ainda durante a vigência do contrato de trabalho e com total sigilo da sua identidade", frisou Jorsinei Nascimento.
Depois, o procurador do Trabalho, na condição de Coordenador Regional da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho, inspecionou o canteiro de obras da Arena da Amazônia para avaliar as condições de segurança e medicina do trabalho.
A inspeção faz parte de um projeto nacional do MPT de fiscalizar todas as obras da copa do mundo de 2014. Em Manaus, a atividade também está incluída em um projeto que tem como objetivo reduzir os índices de acidentes do trabalho na construção civil no Estado do Amazonas e no Pólo Industrial de Manaus.