MPT flagra adolescentes trabalhando como cabos eleitorais em Manaus

As fiscalizações do órgão ministerial se intensificará nestas duas últimas semanas que antecedem as eleições.

No último sábado, 22, o Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11.ª Região), por meio do procurador do Trabalho Jorsinei Dourado do Nascimento, flagrou três adolescentes, menores de 18 anos, trabalhando como cabos eleitorais.

Os adolescentes estavam distribuindo panfletos e adesivos, na rotatória do Eldorado, zona centro-sul da cidade, para um candidato (a) à prefeitura de Manaus. O fato caracteriza o descumprimento de cláusulas do Termo de Ajuste de Conduta(TAC n.º 352/2012) firmado pelos partidos políticos perante o MPT e o MP Eleitoral, no dia 30 de agosto passado.

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Pelo TAC, que ratifica a convenção 182 da OIT, os partidos políticos "não podem contratar e utilizar criança ou adolescente com idade inferior a 18 anos, nas atividades ou manifestações relacionadas à campanha política, em ruas, avenidas e outros logradouros públicos ou locais que os exponham a situações de risco ou perigo ou que lhes exijam o trabalho noturno, penoso, perigoso ou insalubre", por ser reputado uma das piores formas de trabalho infantil.

Imediatamente, os adolescentes foram retirados das atividades e o coordenador da campanha na rua informado da proibição.

De acordo com o TAC, a utilização de mão-de-obra infantil, acarretará multa de 15 mil reais por trabalhador infantil identificado. Segundo Jorsinei Nascimento, o candidato e o partido político serão notificados a prestar esclarecimentos referente a constatação do trabalho infantil.

Fiscalização do trabalho dos cabos eleitorais
A equipe de fiscalização do MPT coordenada pelo procurador do Trabalho Jorsinei Dourado do Nascimento, contou ainda com o apoio de três servidores do órgão e percorreu, também, a Avenida Djalma Batista e a Bola do Produtor, na zona leste.
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A equipe conversou com os coordenadores e entregou panfletos informativos, elaborados pelo MPT, sobre os direitos dos cabos eleitorais. A fiscalização verificou, ainda, o cumprimento das cláusulas do TAC como o fornecimento gratuito de protetor solar e água potável.

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MPT no Amazonas participa da "operação Iracapuru" deflagrada pelo Sistema de Proteção da Amazônia

A ação ocorreu em pontos estratégicos da região metropolitana de Manaus com objetivo de identificar, orientar e coibir possí­veis infrações de cunho trabalhista, ambiental, fiscal e policial.

O Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11.ª Região), participou, na manhã desta quinta-feira (20), da "Operação Iracapuru", deflagrada pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), mas realizada de forma integrada por outros 17 órgãos federais e estaduais. O objetivo era identificar e fiscalizar possí­veis infrações na região metropolitana de Manaus.

A fiscalização do MPT se concentrou em apurar denúncias de trabalho escravo e outras irregularidades trabalhistas, em fazendas situadas na estrada do Caldeirão e no ramal Jandira, na Rodovia AM 070, que liga Manaus (capital do Amazonas) aos municípios de Iranduba e Manacapuru. A ação foi coordenada pelo procurador chefe do MPT 11.ª Região e coordenador no Amazonas da Coordenadoria Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, Jeibson dos Santos Justiniano.
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A principal denuncia, constante num Inquérito Civil, relatava que o proprietário de uma fazenda mantinha funcionários trabalhando sem a devida assinatura da carteira de trabalho e que o mesmo, para burlar a fiscalização trabalhista arrendou a propriedade rural para os empregados.
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No local, não foram detectadas condições degradantes de trabalho. Apenas três funcionários que afirmaram não serem os donos das terras, nem arrendatários, mas sim empregados rurais. A única irregularidade apurada foi a falta da assinatura da carteira de trabalho de dois dos três empregados.

"Agora o MPT vai notificar o proprietário da fazenda para que regularize a situação e informe ao órgão ministerial a conduta adotada para garantir os direitos trabalhistas dos funcionários", explicou o procurador chefe.

As Operações Integradas tem como grande objetivo proporcionar uma fiscalização mais abrangente das áreas críticas que possuem grande potencial de dano ao meio ambiente ou risco a segurança da população. Além disso, é possí­vel verificar aspectos ligados a questões ambientais, trabalhistas, fiscais e policiais de forma coordenada entre os diversos órgãos das esferas federais, estaduais e municipais potencializando, assim, as ações de combate aos diversos tipos de ilícitos.

Órgãos participantes da Operação Iracapuru


Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA); Exército Brasileiro (EB); Receita Federal do Brasil (RFB); Ministério Público Federal (MPF); Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); Ministério Público do Trabalho (MPT); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Polícia Militar do Estado do Amazonas (PM-AM): Comando da Polícia Militar do Amazonas e Polícia Ambiental; Delegacia de Meio Ambiente da Policia Civil do Estado do Amazonas (DEMA), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA-AM), Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Agência Nacional Transporte Aquaviário (ANTAQ), Instituto Chico Mendes de Conversação da Biodiversidade (ICMBio).




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Servidores da PRT 11ª Região aderem à greve nacional

Os servidores da Procuradoria Regional do Trabalho da 11ª Região no Estado do Amazonas, órgão pertencente ao Ministério Público da União (MPU), comunicam à população e à imprensa que, após realização de assembléias e atendendo à convocação do Sindicato Nacional do Servidores do Ministério Público da União (SINASEMPU), decidiu pela paralisação de suas atividades por tempo indeterminado a partir do dia 23 de agosto, mantendo atividades consideradas urgentes e o quantitativo mínimo de 30% necessário para a manutenção de serviços essenciais.

Os servidores do MPU estão sem reajuste salarial desde 2006, contabilizando perdas efetivas de poder aquisitivo face à inflação acumulada do período, que variou de dezembro de 2006 (data do último reajuste) até julho de 2012, entre 46,77% (IGPM), 37,85% (INPC) e 35,58% (IPCA).

As tentativas de iniciar um diálogo com o Poder Executivo Federal se arrastam desde 2009, sem qualquer tipo de avanço ou proposta efetiva por parte do governo, que insiste em conceder "ZERO" de reajuste. A Presidenta Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), se recusa a negociar efetivamente com o Procurador-Geral da República ou com o sindicato nacional da categoria (SINASEMPU) e ainda exerce fortes pressíµes políticas, por meio de Ministros de Estado e de sua base aliada no Congresso Nacional, pela manutenção de sua posição intransigente.

A mídia divulga que a média salarial do MPU é a maior do país, quando a verdade é bem diferente. Um belo exemplo de que essa conta está errada pode ser evidenciado ao abrirmos o Diário Oficial da União do dia 16 de agosto (seção 2), onde três páginas inteiras foram destinadas a portarias tornando sem efeito a nomeação de 86 pessoas (de 124 convocados) que provavelmente não viram vantagem financeira em ingressar no MPU para ocupar vagas criadas, na sua grande maioria, pela constante evasão do órgão. Se de fato a média salarial do MPU é a mais alta do país, por que a evasão é tão grande, ou melhor, por que muitos desprezam ser nomeados?

O congelamento salarial dos servidores do MPU, com o consequente esvaziamento dos quadros funcionais para outras carreiras públicas, antes de ser mera medida de "contenção de gastos", "prudência orçamentária" ou "ajuste fiscal", revela-se na verdade como uma forma perniciosa, lenta e gradual do Executivo Federal de enfraquecer, sucatear e desmoralizar a instituição, que não se submete às pressíµes políticas ou de interesses privados no exercício de suas funções constitucionais, dentre elas, o combate ao crime, à corrupção, à improbidade administrativa e a defesa da correta aplicação do dinheiro público.

A autonomia administrativa, orçamentária e financeira do Judiciário e do MPU é assegurada na Constituição Federal como forma de garantir que os meios necessários ao funcionamento dessas instituições não fiquem condicionados à vontade única do Poder Executivo, preservando-lhes a independência, um dos alicerces do regime democrático.

O Poder Executivo, porém, desrespeitou a Constituição ao cortar unilateralmente a proposta orçamentária do MPU quando encaminhou o Projeto de Lei Orçamentária Anual em 2011, e demonstra que irá fazer o mesmo no corrente ano, apesar da referida proposta encontrar-se abaixo dos limites fixados na Lei de Responsabilidade Fiscal e haver recursos disponíveis, subtraindo do Poder Legislativo a possibilidade de discussão da matéria. O desrespeito a estas garantias republicanas remonta às práticas mais espúrias e vis dos regimes ditatoriais, nos quais as instituições democráticas existentes submetem-se à vontade exclusiva de uma só pessoa, um grupo ou um partido político. Mas por qual razão um presidente se intrometeria na autonomia dos poderes? Estaríamos caminhando para uma pré-ditadura não anunciada?

Enquanto isso, o MPU, órgão voltado à defesa dos direitos da sociedade, sofre com ações diretas e contrárias do governo.

Tenhamos em mente que, quando o MPU é atacado, a sociedade é indiretamente atacada. Quando a autonomia dos poderes é desrespeitada, a democracia do país está em jogo.

Diante deste quadro, resta apenas uma pergunta: a quem interessa um Ministério Público enfraquecido?

Na luta contra a desvalorização dos servidores e o sucateamento do MPU e contra o desrespeito às leis do nosso país, os servidores do MPU exigem respeito!

Veja a nota conjunta emitida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e pela Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) sobre o assunto:
http://noticias.anata.org.br/2012/08/anata-publica-nota-conjunta-em-defesa.html

Servidores da PRT 11ª Região no Estado do Amazonas
Comissão de Mobilização

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Sindicatos precisam de mais representatividade e liberdade sindical

Mais de 200 pessoas participaram de Seminário do MPT sobre Direito Coletivo e Relações Sindicais, na última quinta-feira, como parte da Semana Sindical 2012.

A negociação coletiva não é mais difícil que antes, hoje ela nem existe. A afirmação é do procurador regional do Trabalho aposentado, José Cláudio Monteiro de Brito Filho, durante seminário sobre Direito Coletivo e Relações Sindicais realizado nesta quinta-feira, 09, pelo Ministério Público do Trabalho no Amazonas e Roraima (MPT 11 ª Região), como parte da programação da Semana Sindical 2012.

De acordo com Brito Filho, a negociação é um dos meios de solução dos conflitos coletivo do trabalho mais importantes, mas no Brasil isso está apenas no plano teórico. Ele argumenta que o grande problema da negociação coletiva é que ela está inserida num modelo ultrapassado de relações coletivas de trabalho, de corporativismo e de proteção arbitrária que impede que o sindicato se fortaleça.

"A questão central é se eu (sindicato) sou capaz de mobilizar para exercer pressão contra aquele que tem superioridade econômica. E só consigo fazer isso se a entidade que me representa tiver representatividade", disse Brito Filho, que dividiu o painel sobre Direito de Greve e Negociação Coletiva com o chefe do MPT 11ª Região, o procurador do Trabalho Jeibson dos Santos Justiniano.

Para Justiniano, é preciso maior representatividade na luta das questões sindicais por melhores condições de trabalho por parte da categoria profissional perante a categoria patronal. "Muitas vezes o que a gente percebe é que há interesse de ser líder sindical, mas se deixa de lado o principal o aspecto da luta sindical, que é representar o interesse dos trabalhadores".

O procurador chefe do MPT 11 ª Região lembra que a greve é um direito fundamental da classe trabalhadora, mas ele não é absoluto, há restrições e balizamentos legais a serem respeitados. Segundo ele, quando o empregador causa dificuldades na luta das melhorias das condições de trabalho não resta alternativa a não ser a deflagração da greve.

"O que nós não podemos admitir é que a greve seja instrumento de manipulação para disputas políticas internas de uma determinada categoria dos trabalhadores. E, em determinados cenários, no Amazonas, verificamos que a greve foi uma manipulação de disputa interna", disse Justiniano.

Mais de 200 pessoas participaram do seminário, entre eles sindicalistas, trabalhadores, fiscais do Trabalho e integrantes do Poder Judiciário e do MPT. Outros temas foram discutidos como Organização Sindical: registro e liberdade sindical, Eleições sindicais e representatividade, Fontes de custeio: visão dos atores sociais, Terceirização: reflexos no movimento sindical. O fechamento ficou por conta do procurador geral do Trabalho, Antônio Camargo de Melo, com o painel Apontamentos sobre a questão sindical, que enfocou a busca pela efetiva liberdade de organização, a chamada liberdade sindical.

"Enquanto tivermos uma legislação que determina como deve ser a organização de trabalhadores e de empregadores, não temos ampla liberdade sindical. Defendo a ratificação da Convenção 87 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para que os trabalhadores e empresários, eles próprios, decidam como devem se organizar (num único sindicato, um sindicato por empresa, por exemplo) e não uma organização definida pelo Estado", ressaltou Camargo.

Encerrando a Semana Sindical 2012, na sexta-feira, 10, será realizada uma audiência pública que servirá como canal de diálogo direto com a sociedade e com as entidades sindicais. A finalidade é ter um encaminhamento prático com vistas ao MPT fazer um diagnóstico da questão sindical. O evento segue no auditório do Ministério Público do Estado do Amazonas, no bairro Ponta Negra, zona Oeste. Durante a programação, uma média de 150 pessoas participou do curso de qualificação e formação de lideranças sindicais, no início da semana.

Na quarta-feira, teve cinco audiências administrativas havendo avanços em relação a categoria dos vigilantes, que está sendo dirigida por junta governativa. As chapas eleitorais se convenceram que todas devem concorrer nas eleições, ainda sem data porque depende de decisão judicial. Teve ainda encaminhamento com as colônias de pescadores, que têm problemas de registros e de seguro, com as quais serão realizadas novas audiências.

Deslizes
Em muitas situações de movimento de paralisação das atividades, o MPT 11.ª Região tem verificado que elas não atendem os requisitos mínimos da greve. Entre elas estão a negociação coletiva frustrada, assembléia geral específica para definição de pauta de reivindicação e comunicação com antecedência mínima de 48 horas para atividades comuns e de 72 horas para as atividades essenciais, como transporte coletivo urbano e saúde.

No Amazonas, existem cerca de 190 entidades sindicais registradas, incluindo as colônias de pescadores. Na gestão dos sindicatos, segundo a procuradora chefe substituta do MPT 11.ª Região e coordenadora regional da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis), Alzira Melo Costa, falta transparência financeira, há confusão patrimonial e manutenção de modelos de negociação coletiva com ingerência e financiamento de empresas.

Segundo o chefe do MPT 11.ª Região, Jeibson dos Santos Justiniano, na maioria dos casos os deslizes são cometidos mais por desconhecimento da direção sindical e do comando de greve quando são instauradas do que por má fé. Ele conta que muitos empregadores não estão querendo sentar com a direção de sindicatos alegando que as greves estão pautadas por disputadas políticas internas e esclarece que isso não dá nenhuma permissão para o empregador não participar da negociação.

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Curso de formação e qualificação de lideranças sindicais abre atividades da semana sindical no Amazonas


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Durante dois dias, sindicalistas e interessados na temática participaram, em Manaus do curso de qualificação e formação de lideranças sindicais que integra a programação da Semana Sindical 2012, promovida pelo Ministério Público do Trabalho no Amazonas e Roraima (MPT 11.ª Região).
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No curso, ministrado pelo Procurador Regional do Trabalho e Doutor em Direito Constitucional Gerson Marques dos Santos, foram abordadas várias questões ligadas ao sindicalismo brasileiro como direitos e garantias sindicais na constituição, sindicato e poder público, condutas anti-sindicais, direito de greve, entre outras.
Participaram do evento 136 representantes sindicais e de colônias de pescadores dos Estados do Amazonas e Roraima.
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A programação terá continuidade nesta quarta-feira, 08, com a realização de audiências administrativas com a finalidade de dirimir conflitos com as entidades sindicais ou de obter mais esclarecimentos sobre fatos denunciados ao MPT.

A procuradora chefe substituta e Coordenadora no Amazonas da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (CONALIS), Alzira Melo Costa, informa que a semana foi planejada exatamente como uma oportunidade as entidades de classe de o MPT. " Outro objetivo da semana e principalmente do curso é o de capacitar pessoas que queriam exercer o papel de líderes sindicais ou que já estejam no exercício desse cargo", explicou a procuradora.

Na quinta-feira, o ponto alto de evento será a realização do Seminário onde sindicatos e comunidade jurídica-acadêmica irão debater questões sindicais por meio de painéis sobre a Organização sindical no Brasil: Registro e liberdades sindicais; Direito de Greve e Negociação Coletiva; Eleições Sindicais e representatividade dos dirigentes e Fontes de Custeio: Visão dos atores sociais.

Para encerrar a Semana, na sexta-feira, 10, será realizada uma audiência Pública. O evento servirá como um canal de diálogo direto com a sociedade e com as entidades sindicais. A intenção é obter dados que auxiliem na instrução dos procedimentos de forma a subsidiar a atuação dos Procuradores Trabalho que possuam investigações e ações envolvendo a temática.

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