MPT lança campanha de combate ao trabalho escravo contemporâneo

Campanha publicitária pretende conscientizar e educar empregador, trabalhador e sociedade

O que é o trabalho escravo contemporâneo? Essa é a pergunta que nortea a Campanha Nacional de Combate ao trabalho escravo do Ministério Público do Trabalho (MPT), lançada nesta sexta-feira (27), em Brasí­lia.

Muitos pensam que esse tipo de afronta a dignidade humana é só encontrada no campo mas, pesquisas atuais revelam, que essa irregularidade trabalhista migrou para as empresas, para cidades e para a construção civil, no geral, no momento de instalação para o início das obras, como é o caso das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. A prática fere os direitos humanos.

"A Campanha visa promover a educação e a conscientização do empregador, trabalhador e da sociedade", explica a Procuradora do Trabalho, Débora Tito Farias, coordenadora nacional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do MPT (CONAETE), referindo-se ao propósito da ação.

 

A primeira campanha publicitária do MPT desconstrói a ideia de que trabalho escravo é algo distante e só acontece no meio rural. Os spots de rádio e os VT’s televisivos, lançados durante o evento e que serão divulgados amplamente durante o ano, alertam também para condições análogas ao trabalho escravo no meio urbano, em geral nas indústrias de confecção têxtil. "O trabalho escravo não está distante. Ele pode ser o que nós, como consumidores usufruímos", afirmou o Procurador-Geral do Trabalho, Otavio Brito Lopes, exemplificando que as vezes consumimos produtos de empresas que não zelam pela proteção de direitos dos trabalhadores.

Outro ganho relevante da campanha foi a definição do que vem a ser condições degradantes de trabalho e jornada de trabalho extenuante, conceitos até então julgados como sendo vagos e que serviam como respaldo para empregadores justificarem a adoção de regime de trabalho escravo. "A partir de agora, nós temos um start do MPT no combate a erradicação do trabalho escravo", afirmou a Procuradora do Trabalho, Paula de Ávila Nunes, vice-coordenadora nacional da CONAETE.

No Brasil, 20 mil trabalhadores estão em situação de trabalho escravo. Com a Campanha, o MPT pretende oferecer capacitação e ressocializar esses trabalhadores.

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Belém é sede do 6º Evento Regional do Planejamento Estratégico do MP

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Acontece nesta quinta e sexta-feira, dias 19 e 20 de maio, o 6º Evento Regional do Planejamento Estratégico Nacional do Ministério Público. O encontro ocorrerá em Belém, no Ministério Público do Pará (endereço: Rua Ângelo Custodio nº 85), e reunirá Membros dos Ministérios Públicos estaduais e dos ramos do Ministério Público da União que atuam no Amapá, Pará e Amazonas.

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MPT 11ª Região e SUFRAMA criam Fórum Permanente de Saúde e Segurança do Trabalhador

Debater alternativas que possam contribuir para a garantia da saúde e segurança dos trabalhadores é o objetivo do Fórum Permanente criado com foco nessa temática. A iniciativa é capitaneada pelo Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região) e Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) em parceria com Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Amazonas (CREA-AM), Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado do Amazonas (Sintest-AM), Advocacia Geral da União (AGU), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).

A criação desse novo instrumento é um dos resultados alcançados como desdobramento do seminário "Saúde e Segurança do Trabalhador no Polo Industrial de Manaus", promovido pelo MPT 11ª Região em conjunto com a SUFRAMA.

O Fórum Permanente deverá se reunir a cada seis meses. Devem ser implantados comitês de trabalho para o desenvolvimento de ações em duas frentes principais: Polo Industrial de Manaus e construção civil, que atualmente lidera a lista de segmentos com maior incidência de casos de acidentes de trabalho em todo o País. Uma das linhas de atuação será a elaboração de estudos que possam contribuir para fornecer um retrato da atual situação dessa área e sejam usados como subsí­dios para as futuras proposituras formuladas pelo fórum.

O Fórum Permanente também atuará junto a órgãos públicos estaduais no sentido de propor a implantação da Delegacia Trabalhista e Previdenciária, bem como em parceria com outras entidades com a finalidade de implantar uma unidade, na capital amazonense, da Fundacentro, a única entidade governamental do Brasil que trabalha na área de pesquisa científica e tecnológica relacionada à segurança e saúde dos trabalhadores. Outra iniciativa será firmar parcerias com entidades que integram o sistema S (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai, Serviço Social da Indústria - Sesi, Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio- Senac, Serviço Social do Comércio - Sesc, entre outros) com a finalidade de promover capacitação de profissionais da área de saúde que fazem parte dos quadros funcionais de empresas, além de instituições públicas de ensino e pesquisa no sentido de aperfeiçoar a grade curricular dos cursos de Segurança do Trabalho.

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Evento pioneiro reúne diversas entidades para tratar de Segurança no Trabalho

Uma iniciativa pioneira que reuniu trabalhadores, agentes da área de segurança e saúde de setores públicos e privados, o seminário "Saúde e Segurança no Polo Industrial de Manaus" atraiu um público de, aproximadamente, 500 pessoas que lotou o auditório de 270 lugares da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).
 
O seminário realizado pela autarquia juntamente com o Ministério Público do Trabalho no Estado do Amazonas, contou também com a parceria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Amazonas (CREA-AM), Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado do Amazonas (Sintest-AM), Advocacia Geral da União (AGU), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e Centro Universitário Luterano de Manaus (Ceulm/Ulbra).
 
A abertura dos trabalhos foi feita pelo superintendente de Projetos da Suframa, Oldemar Ianck, que destacou o papel do Conselho de Administração da SUFRAMA (CAS) na elaboração do seminário. Ianck lembrou a importância de se discutir o tema na região, uma vez que a segurança no trabalho implica a qualificação da força produtiva que é um dos fatores de atração de investimentos no PIM. O superintendente lembrou que a proposta do seminário surgiu de uma reivindicação do conselheiro da classe trabalhadora junto ao CAS e presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança no Trabalho do Amazonas, Antônio Tavares, para que a questão dos acidentes de trabalho no PIM fosse tratada de forma conjunta. "Isso demonstra que o CAS é o ambiente para a questão desse e de outros temas que são importantes para o desenvolvimento da nossa região", enfatizou Ianck.
O procurador-chefe do MPT 11ª Região, Jorsinei Dourado do Nascimento, ressaltou, durante a abertura do seminário, a importância do evento em razão dos elevados índices de acidentabilidade no Estado do Amazonas. Além disso, asseverou a necessidade de se discutir políticas de segurança e medicina do trabalho como forma de se garantir aos trabalhadores do Estado do Amazonas, um trabalho mais saudável, seguro e digno. "É inconcebível que determinadas empresas beneficiadas com incentivos fiscais do modelo Zona Franca de Manaus continuem causando o adoecimento de seus trabalhadores, numa atitude de absoluto descaso social", enfatizou Jorsinei.
 
Pela manhã o seminário tratou dos temas: "Atuação da Medicina do Trabalho" (palestrante, Ricardo Turenko Beça, presidente da ANAMT); Aspectos Técnicos e legais dos profissionais de segurança do Trabalho (Anna Isabell Esteves Oliveira, engenheira civil e assessora técnica do CREA-Am) e "Gestão em saúde ocupacional" (palestrante, Ricardo Turenko Beça).
 
À tarde, as palestras "Acidente de trabalho e produtividade" (palestrante do CEULM/ULBRA), "Fiscalização: a atuação da SRTE/AM na área de saúde e segurança do trabalhador (palestrante do MTE), " Saúde Ocupacional: responsabilidade civil do empregador e consequências trabalhistas (palestrante: Jorsinei Dourado do Nascimento, procurador-chefe do MPT), " Ações regressivas previdenciárias - NTEP (palestrante do INSS) e "Saúde mental do trabalhador" (palestrante da FIEAM) nortearam as discussíµes.
 
Na palestra sobre Saúde Ocupacional: responsabilidade civil do empregador e consequências trabalhistas, o procurador-chefe do MPT 11ª Região, iniciou apresentado um pequeno vídeo, de Charlim Chpalim, do início do século passado, mas que retrata, de maneira bem humorada, alguns problemas ainda vividos por muitos empregados dentro do meio ambiente de trabalho, principalmente no Pólo Industrial de Manaus como a repetitividade dos atos, cobrança, pressão do empregador sobre o empregado.
 
A apresentação de Jorsinei Nascimento demonstrou que a responsabilidade pela saúde, segurança e higiene no ambiente de trabalho é do dono do negócio e que cuidar preventivamente da saúde e segurança dos trabalhadores deve ser visto, hoje, pelos empregadores, como um investimento, principalmente diante das diversas consequências negativas a que poderá se sujeitar, caso descumpra a legislação.
Os procuradores do Trabalho, Afonso de Paula Pinheiro Rocha, Alzira Melo Costa, Andrea da Rocha Carvalho Gondim, Jaqueline Coutinho Silva e Juliana Sombra Peixoto acompanharam o evento.
 
Ao final, os órgãos e instituições participantes detectaram algumas dificuldades no Estado do Amazonas na área de saúde segurança do trabalhador, não só no Pólo Industrial de Manaus como nos diversos outros segmentos de empregabilidade.
 
São elas: altos índices de acidentes do trabalho; falta de capacitação para os profissionais de saúde e segurança (médicos, enfermeiros, engenheiros, técnicos de enfermagem, técnicos de segurança, psicólogos); ausíªncia de disciplinas específicas sobre segurança e medicina do trabalho nos cursos de graduação e ausíªncia de entidade técnica na realização de estudos na área de saúde e segurança do trabalho.

Da mesma forma, providências também serão adotadas para diminuir os índices de acidente do trabalho tais como:

Constituição do Fórum Permanente em Saúde e Segurança do Trabalho no Estado do Amazonas, que, além, de reuniões semestrais, irá desenvolver estudos nos diversos segmentos econômicos para melhorar o ambiente de trabalho dos empregados, por meio de câmaras temáticas; ingerência junto à UFAM e à UEA para que sejam inseridas nas grades curriculares dos cursos de medicina, engenharia, enfermagem, psicologia, disciplinas relativas ao Meio Ambiente de Trabalho; capacitação dos profissionais da saúde, com o apoio do Sistema "S" da FIEAM e CIEAM; ingerência junto ao Governo do Estado do Amazonas para criação da Delegacia Especializada em Acidente do Trabalho e instalação e implantação da FUDACENTRO no Amazonas.

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