MPT participa da 100ª conferência Internacional do Trabalho

O procurador geral do Trabalho, Otavio Brito Lopes, junto com a subprocuradora geral do Trabalho Evany Selva e a procuradora do Trabalho, Ludmila Reis, participam da 100ª Conferência Internacional do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT) durante os dias 1° a 17 de junho. Pela primeira vez na conferência, o MPT terá um espaço destinado para apresentar as ações da instituição para diversos países do mundo.

A conferência desse ano tem como temas prioritários o trabalho doméstico, trabalho decente, inspeção do trabalho, igualdade no mercado de trabalho e proteção social. Durante a discussão do trabalho doméstico serão discutidas a adoção de instrumentos tais quais uma convenção e uma recomendação. Apesar da expectativa positiva, ainda não é certeza que a convenção seja aprovada pela estrutura tripartite, onde governo, representante de trabalhadores e de empregadores, que tem o mesmo peso de voto.

Otavio Brito Lopes considera o trabalho doméstico tema relevante para a discussão não só na conferência, mas também no Brasil. Para ele, ter esse assunto discutido em um evento internacional mostra que as pessoas estão mais preocupadas com esse profissional. "É importante acabar com a discriminação que existe em relação ao trabalho doméstico e é preciso também combater ao trabalho doméstico infantil, que no Brasil ainda é uma realidade", sentencia ele.

Pela primeira vez, o MPT terá um espaço durante a conferência, no dia 13 de junho, para mostrar para outros países a experiência da Instituição como propulsora da cidadania e dos direitos da sociedade. O Ministério Público do Trabalho é o único ministério público social do mundo.

Confira todas as informações sobre a conferência no link abaixo.

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MPT 11ª Região participa de semana de combate ao trabalho infantil

A procuradora do Trabalho e vice-coordenadora no Amazonas da Coordenadoria Nacional de combate à exploração do trabalho de crianças e adolescentes (coordinfância), Alzira Melo Costa, participa nesta quarta-feira, 08, das atividades pelo Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, comemorado em 12 de junho.

O Trabalho infantil como obstáculo ao desenvolvimento saudável será o tema da palestra ministrada pela procuradora, no auditório do Centro de Convivência do Idoso, no bairro Aparecida, às 15h..

Durante a explanação, Alzira Melo Costa apontará, entre outros aspectos, os danos físicos e mentais que o trabalho precoce causa a criança e ao adolescente, podendo até, este trabalho comprometer o desenvolvimento do adulto.

A procuradora ainda apresentará os serviços que o Ministério Público do Trabalho no Estado do Amazonas vem prestando, principalmente à sociedade, com relação a esta temática, sejam eles procedimentos administrativos, inquéritos civis, requisição de documentos, solicitação de fiscalizações e ainda adoção de providências para retirar meninos e meninas da situação de trabalho e no caso de adolescente, para que sejam respeitados todos os direitos trabalhistas.

As atividades desta semana estão sendo organizadas pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.

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Grupo Móvel de fiscalização do MPT em conjunto com o MTE inspeciona estaleiros clandestinos em Manaus

A ação da força-tarefa foi realizada durante uma semana entre os dias 30 de maio à 03 de junho.

O Ministério Público do trabalho no Estado do Amazonas (11ª Região) realizou nos dias 31 de maio e 01 de junho fiscalização nos estaleiros clandestinos de Manaus - lugares onde se constroem ou consertam barcos.
Foram inspecionados 12 estaleiros localizados próximos a ponte do Bariri e da região do Igarapé do Educandos. Em todos, a situação encontrada foi a mesma: uma absoluta ausíªncia de medidas mínimas para o trabalho seguro e digno, sem banheiros, nem água potável para os trabalhadores, nem ao menos local para descanso.
Os operários também não tinham treinamento para trabalharem em espaços de confinamento, conforme a Norma Regulatória nº 33 (NR 33) do MTE. A nova NR sobre o trabalho na indústria da construção e reparação naval (NR nº34) também não era respeitada.
Infringindo esta última Norma foram encontrados mangueiras de tubos de gases emendadas, e acondicionadas de forma errada (estes cilindros de gases ficavam na posição horizontal e não na vertical como deveria a fim de se evitar explosíµes).
Os estaleiros não possuíam análise preliminar de risco ou se quer permissão de trabalho. Os ambientes onde eram realizados trabalhos com solda eram sujos, molhados e com agentes inflamáveis próximos, como botija de gás e cilindros de gases).

Ainda foram detectadas outras irregularidades como alguns trabalhadores sem CTPS assinada e ausíªncia de técnicos de segurança do trabalho.
A equipe da Força-Tarefa do MPT, formada pela procuradora do Trabalho e Coordenadora no Amazonas da Coordenadoria Nacional do Trabalho Portuário e Aquaviário (CONATPA), Andrea da Rocha Carvalho Gondim, o Procurador Regional do Trabalho no Estado da Bahia ( 5ª Região), Cícero Virgulino da Silva Filho e os procuradores do Trabalho dos Estados do Ceará (7ª Região) e Mato Grosso do Sul (24ª Região), Cláudio Alcântara Meireles e Jonas Ratier Moreno, contou ainda com o apoio de servidores do MPT 11ª Região, auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, Policiais Federais e Capitania dos Portos.
Como desmembramento das fiscalizações, a força tarefa realizou também, nos dias 02 e 03 de junho, na sede do MPT 11ª Região, 12 audiências, com os representantes legais dos estaleiros inspecionados, que foram notificados no momento da inspeção. Ainda assim, três estaleiros clandestinos não compareceram às audiências designadas.

Oito Termos de Ajuste de Conduta (TAC´s) foram firmados e instaurados procedimentos preparatórios de Inquérito Civil.
Foi ainda realizada uma audiência com o órgão Gestor da Mão-de-obra de Manaus (OGMO) que firmou um TAC perante o MPT 11ª Região com o compromisso de não mais realizar intercâmbio com OGMOs de outros Estados e Municípios.
Na avaliação da procuradora do Trabalho e Coordenadora no Amazonas da Coordenadoria Nacional do Trabalho Portuário e Aquaviário (CONATPA), Andrea da Rocha Carvalho Gondim, o saldo desta semana de trabalho foi positivo. "O saldo foi positivo, principalmente quando levamos em consideração que os estaleiros firmaram TACs perante o MPT assumindo o compromisso com a sociedade de regularizar a situação do meio ambiente de trabalho evitando assim, acidentes para os trabalhadores que ali laboram e melhorando as condições de vida e de trabalho dessas pessoas, como forma de resgatar a dignidade desses trabalhadores", enfatizou a procuradora.
 
Órgão Gestor da Mão-de-Obra - OGMO Manaus
O Órgão Gestor da Mão-de-Obra de Manaus (OGMO Manaus) estava realizando intercâmbio com OGMOs de outros municípios entre eles o de Itacoatiara, no Amazonas e a cidade de Natal no Rio Grande do Norte.

Esta prática não está prevista em lei e fere a seleção pública realizada por cada OGMO em suas cidades, de forma que cada Trabalhador Portuário Avulso registrado após a seleção pública só pode trabalhar na sua respectiva cidade.

Além disso, o intercâmbio pressupõem troca, o que não ocorria de fato no intercâmbio realizado em Manaus, uma vez que o OGMO daqui recebia Trabalhadores Portuários Avulsos de outras localidades sem enviar para lá o número de Trabalhadores correspondentes, não havendo isonomia na distribuição dos Trabalhadores Portuários Avulsos entre os Estados e Municípios porque, se quer, havia troca.

Não havia, também situação excepicional e temporária para justificar tal intercâmbio. " Se o OGMO de Manaus tem necessidade de mais Trabalhadores Temporários Avulsos isso só demostra a também necessidade premente de redimensionar o OGMO de Manaus com abertura urgente de seleção pública", explicou a procuradora do Trabalho, Andrea Gondim.

Durante a audiência realizada no MPT 11ª Região, o OGMO de Manaus reconheceu todas as questões expostas acima e firmou Termo de Ajuste de Conduta perante a instituição com o compromisso de não mais realizar intercâmbio com OGMOS de outras localidades (TAC 180/2011).

O OGMO de Manaus se comprometeu ainda de que os Trabalhadores Portuários Avulsos de outras bases encerrarão as atividades no OGMO da capital Amazonense até o dia 11 de julho, sob pena de pagar multa de cinco mil reais acrescida de mais mil reais por cada trabalhador encontrado em situação irregular.

Conatpa
A Coordenadoria Nacional do Trabalho Portuário e Aquaviário (Conatpa) objetiva a promoção da regularização das relações de trabalho nos setores portuário e aquaviário implementando as legislações respectivas, garantindo um meio ambiente do trabalho adequado, a democratização do acesso às oportunidades do trabalho avulso nos portos, a inclusão dos trabalhadores no mercado formal de trabalho nos portos públicos e privados, na pesca, nas navegações marítimas e fluvial, na indústria naval, nas plataformas marítimas de exploração de petróleo, nas atividades de mergulho profissional, e, assegurar aos trabalhadores brasileiros empregabilidade em embarcações estrangeiras que naveguem em águas nacionais.

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MPT 11ª Região e TRT 11ª Região completam 30 anos de implantação

Primeiros Procuradores, Desembargadores e Juízes do Trabalho foram lembrados na homenagem

Nesta quarta-feira, 1º de junho, durante videoconferência para a implantação do Núcleo de Inteligência no MPT 11ª Região, realizada às 12h30min na sede da Regional, em Manaus, o procurador-chefe, Jorsinei Dourado do Nascimento lembrou também da data de criação do Ministério Público do Trabalho nos Estados do Amazonas e de Roraima.

A lei 6.915/81 criou o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região e o Procuradoria Regional do Trabalho da 11ª Região, órgão do Ministério Público da União, hoje instituição independente.
Dr. Eduardo Barbosa Pena Ribeiro, Dr. Benedicto Cruz Lira, Dra. Valdenyra Farias Thomé, Dr. Flaviano Limongi, Dr. Antonio Carlos Marinho Bezerra

Pela manhã, uma sessão extraordinária do Egrégio Tribunal Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região marcou a homenagem aos 30 anos de criação do Regional, com a entrega de uma placa àqueles que tomaram assento na primeira composição do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região. Entre os homenageados presentes os juízes Benedicto Cruz Lyra, Antônio Carlos Marinho Bezerra, Eduardo Barbosa Penna Ribeiro e Flaviano Limongi. Também foram homenageados os juízes Lucy Stone Bivar (in memorian), Othílio Francisco Tino, Lauro da Gama e Souza e Francisco Gesta Pinheiro (in memorian).

Na ocasião, o procurador-chefe do MPT 11ª Região, Jorsinei Dourado do Nascimento fez questão de saudar os homenageados afirmando ter recebido uma aula de história sobre os momentos que levaram à instalação do Regional, que só conquistou sua autonomia administrativa e financeira após muitas lutas políticas. "A instalação do TRT da 11ª Região foi uma conquista para o Estado do Amazonas. Foi o reconhecimento de um momento histórico de um Estado que vivia a pujança do crescimento econômico, da instalação da Zona Franca de Manaus, de sua localização geográfica e as peculiaridades regionais, onde os rios são as nossas estradas, além do aumento das demandas trabalhistas".

O procurador-chefe lembrou ainda a participação do Procurador Geral de Justiça do trabalho à época, Ranor Teles Barbosa da Silva durante a cerimônia de instalação do TRT e do MPT 11ª Região, este último criado com apenas quatro membros.

Ao final, o procurador-chefe falou sobre a evolução da Instituição ministerial. "Hoje o MPT 11ª Região conta com 11 procuradores do Trabalho atuando no Amazonas e três no Estado do Roraima, números relativamente pequenos se comparados a grande demanda, mas relativamente superior há trinta anos." As mudanças estruturais por quais passam o Ministério Público do Trabalho e a informatização na busca da uniformização institucional também foram lembradas pelo procurador-chefe.
Atual composição com desembargadores, procurador do MPT11ª Região e juízes convocados

A presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, desembargadora federal Valdenyra Farias Thomé fez um discurso de agradecimento aos homenageados na solenidade, agradecendo "a todos os que dedicaram sua vida à causa da Justiça do Trabalho no Amazonas, não rara vezes abdicando de sua vida pessoal para oferecer aos nossos jurisdicionados uma Justiça ágil, levantando a bandeira da paz social".

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