Terreno da Procomp sofre risco de desabamento e justiça obriga empresa a sanar o problema

A Procomp da Amazônia Indústria Eletrônica LTDA está obrigada a adotar medidas de segurança no terreno onde funciona a sede da empresa, localizada na rua Desembargador Filismino Soares, bairro Colônia Oliveira Machado, zona sul de Manaus, por conta do alto risco de desabamentos, desmoronamentos e deslizamentos em decorrência do avançado processo de erosão no local, constatado no Laudo de Vistoria Técnica emitido pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM.

A Justiça Trabalhista acatou o pedido liminar do Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região) onde foi alegado a omissão da empresa com a obrigação de garantir um ambiente seguro para os seus empregados, colocando em risco a vida, a saúde e a integridade física e psíquica de mais de 470 trabalhadores que prestam serviços diários na empresa.

A Procomp da Amazônia está obrigada a realizar o  imediato isolamento da área do topo da encosta até uma distância de 30 metros a partir da beira do barranco, mantendo as faixas de isolamento com avisos de “não ultrapasse – perigo de desabamento”; remover a caixa d'água que se encontra à beira do barranco e desconectar do restante da fábrica as estruturas do prédio que se encontram nessa área; realizar monitoramento da encosta e ravinas e manutenção da distância recomendada de afastamento da beira do barranco à medida que a encosta recua, além de realizar obras de contenção de encosta, disciplinamento das águas de escoamento superficial e interrupção do lançamento de efluentes sem tratamento (água servida) no Rio Negro.

Foi expedido um prazo de 30 dias para que as irregularidades sejam ajustadas. Após esse período, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas (SRTE/AM) deve realizar nova fiscalização na área para atestar o cumprimento das decisões e em caso de inadimplência a multa é de 10 mil reais por ítem descumprido.

Saiba mais sobre o caso
Em 2011, o Ministério Público do Trabalho no Amazonas instaurou um  procedimento preparatório de inquérito civil em face da Procomp para investigar a possível ocorrência de erosão no terreno da empresa. Com o resultado do laudo técnico que confirmava o fato, foi realizada em julho daquele ano, uma audiência com representantes da empresa onde deveria ser apresentado o projeto da obra de estabilização da encosta e disciplinamento da água de escoamento.

Na ocasião, a Procomp alegou que a proprietária do terreno era a  Jab Participações S/C LTDA  e que as obras já haviam sido iniciadas e possuíam prazo de conclusão de 4 meses.

Já em maio de 2013, a Procomp foi notificada a apresentar informações sobre a conclusão das obras e para a surpresa do órgão ministerial, a empresa reafirmou o alegado na audiência realizada em 2011, e disse, ainda, que não havia obtido respostas da empresa proprietária do terreno sobre a realização da obra.

Foi solicitada ao Serviço Geológico do Brasil – CPRM uma nova inspeção no local, realizada em 28 de junho de 2013. O relatório emitido pelo órgão, mais uma vez, avaliou os fundos do prédio da fábrica como “um local de risco muito alto para desabamento, desmoronamento e deslizamentos associados com o recuo da encosta e formação de ravinas”.

Nesse contexto, o MPT  ajuizou uma ação cautelar preparatória visando a adequação das normas de segurança, higiene e saúde no trabalho para evitar o risco de acidentes de trabalho graves ou até mesmo fatais.

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Carboquímica está obrigada a cumprir normas de segurança e saúde dos trabalhadores

O descaso com a segurança dos trabalhadores ocasionou a morte de um metalúrgico, em março deste ano

A Carboquímica da Amazônia LTDA, empresa do Pólo Industrial de Manaus cuja atividade econômica principal é a fabricação de estruturas metálicas, foi condenada pela Justiça do Trabalho a cumprir com doze obrigações relacionadas à saúde e segurança dos trabalhadores sob pena de pagamento de multa diária de 8 mil reais por item descumprido.

A liminar foi concedida por meio da Ação Civil Pública (ACP) ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região) contra a metalúrgica em razão da constatação de ambiente de trabalho degradante e inseguro, infrações às Normas Regulamentadoras e desrespeito ao descanso e à jornada de trabalho dos empregados. A referida conduta já ocasionou  um acidente de trabalho fatal onde o funcionário foi esmagado entre as partes móveis de uma das máquinas da empresa, em março deste ano.

Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas (SRTE/AM) realizou ações fiscais na metalúrgica, no decorrer de 2011 e 2012 e constatou a reincidência de diversas irregularidades como a não instalação de proteção fixa e sistemas de segurança em máquinas e equipamentos, nível de iluminação inadequado, além de desobediência ao regime de trabalho, descanso e remuneração dos trabalhadores.

A partir de agora, entre outras obrigações, a empresa deve adotar regime de trabalho de acordo com o definido na NR-15 (Norma Regulamentadora que trata das atividades e operações insalubres); oferecer iluminação adequada; aterrar eletricamente máquina ou equipamento que utilize ou gere energia elétrica; as guilhotinas, tesouras e cisalhadoras devem possuir proteções fixas; executar o aterramento das instalações elétricas; somente utilizar prensas excêntricas mecânicas com proteção fixa das bielas e das pontas de seus eixos; dotar as dobradeiras de sistema de segurança que impeça o acesso pelas laterais e/ou pela parte traseira da máquina às zonas de perigo.

Caso a sentença final seja favorável ao MPT, a Carboquímica deverá pagar, ainda, uma indenização de 2,5 milhões de reais a título de dano moral coletivo. A decisão está sendo aguardada.

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MPT tem pedido liminar contra a Samsung parcialmente acatado

Pela decisão da Justiça Trabalhista, a empresa está obrigada a cumprir com quatro determinações

A 6ª Vara do Trabalho de Manaus, por meio da juíza Mônica Silvestre Rodrigues, deferiu parcialmente o pedido liminar solicitado pelo Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região) na ação civil pública ajuizada contra a Samsung Eletrônica da Amazônia LTDA. Na ação, o MPT solicita, ainda, uma indenização por dano moral coletivo no valor de 250 milhões de reais em razão das condições precárias de trabalho constatadas na empresa do Pólo Industrial de Manaus. A sentença final está sendo aguardada.

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MPT doa móveis à Prefeitura de Manaus

O Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região), por meio do procurador-chefe Jeibson dos Santos Justiniano formalizou na última sexta-feira, 23, a doação de peças que faziam parte do antigo prédio do MPT. Um Termo de Entrega de Mobiliário à Prefeitura de Manaus foi assinado pelo vice-prefeito e secretário municipal de Infraestrutura, Hissa Abrahão, na nova sede do órgão ministerial, localizada na avenida Mário Ypiranga Monteiro, bairro Flores, Zona Centro-Sul.

Na ocasião, Hissa enalteceu o gesto do órgão. “Essa doação será muito bem vinda. Doar móveis ainda em perfeitas condições de uso consiste em compromisso com o dinheiro público, uma vez que não precisaremos realizar compras ou licitações para aquisição de novas peças”, afirmou. Os móveis ficarão alojados na Divisão de Patrimônio Material e Serviço da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf).

O procurador-chefe do MPT explicou que a Prefeitura de Manaus foi uma das instituições interessadas em adquirir o mobiliário após oferta de doação. “Nós doamos praticamente 100% do mobiliário e equipamentos da sede. Demos prioridade à Prefeitura Municipal de Manaus, que manifestou interesse. Não são equipamentos sucateados, mas móveis em excelente estado de conservação”, destacou.

O vice-prefeito Hissa Abrahão, acompanhado do procurador-chefe Jeibson Justiniano, aproveitou a oportunidade para conhecer as dependências da nova sede do MPT. O prédio foi entregue em maio deste ano e possui aproximadamente 5.000 m².

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MPT no Amazonas sedia 28º reunião da CPNP

A comissão permanente nacional portuária realizou, ainda, visita técnica em um dos portos da capital do Amazonas

Para discutir melhorias na norma regulamentadora que trata sobre segurança e saúde no trabalho portuário - NR 29, a Comissão Permanente Nacional Portuária (CPNP), coordenada pelo auditor Fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego, José Emílio Magro, visitou nos dias 22 e 23 a capital do Amazonas.

A reunião realizada na sede do Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região), avaliou possíveis mudanças que irão beneficiar principalmente o trabalho em altura em portos de todo o país. Discussões sobre um local adequado para descanso de trabalhadores portuários, implementações das NR 35 sobre o trabalho em altura e questões relacionadas ao armazenamento de cargas perigosas foram o foco da 28º Reunião ordinária da CPNP.

Durante a visita à um dos maiores portos da região norte do país, foram avaliados itens de minimização de riscos relacionados ao trabalho em altura. De acordo com o coordenador do projeto de fiscalização portuária no estado do Amazonas, o auditor fiscal do Trabalho, Raul Vital Brasil, a visita teve como principal objetivo analisar o diferencial do porto em Manaus. "A comissão observou durante a visita que o píer flutuante requer equipamentos e cuidados diferentes em decorrência do balanço do guindaste", explicou.
 
A próxima reunião, marcada para a segunda semana de setembro na cidade do Rio de Janeiro, ainda deve analisar propostas para a segurança do trabalhador no armazenamento de cargas perigosas, gases inflamáveis e explosivos.

Participaram representantes dos trabalhadores, sindicato patronal, além do procurador chefe do MPT 11ª Região, Jeibson dos Santos Justiniano, auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego e membros da Fundacentro.

*Com informações do Ministério do Trabalho e Emprego

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